quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Start! Lá vamos nós \o/

Saímos do Rio às 6h da manhã. Destino Barcelona. Parecia simples. Parecia. Sem queixas, sem resmungos, tudo isso foi transformado em bom humor. Eu juro.
Vou contando tudo, assim quando me perguntarem, já está aí o relato.

:: Rio de Janeiro - Bogotá 
Ainda não entendo o motivo da conexão, mas juro que achávamos divertido passar antes pela Colômbia. Além do mais, conhecer outro país, beber cerveja nacional e comer alguma comida típica é algo interessante. Afinal eram seis horas de Bogotá. E foi mais ou menos assim. Chegando lá, aeroporto coloridíssimo e pessoas de uma mistura racial linda. Fiquei encantada com aquele mix de ocidente com indígenas, olhinhos puxados, pele morena e um sorriso sempre ali presente.



Assim que pisamos no solo colombiano fomos à procura de mantimentos, óbvio. No primeiro bar fomos bem atendidas pelo José (Rosé). Pedimos cerveja e sugestão de um prato típico. Cerveja deliciosa, prato típico exótico e enorme. Eles amam frango (a ponto de o garçom não nos deixar pedir carne). Não lembro o nome do prato, mas acompanhava uma tigela de caldo (daqueles de frango que a mãe faz quando estamos doentes, e eu adoro), um peito gigante de frango, arroz, e umas rodelas brancas que não sabíamos se era para comer ou enfeite do prato. Constatações: comem muito frango, os grãos de milhos são gigantes, o tempero é gostoso e a cerveja quente. Sim, bem quente. 
Fomos ao segundo bar, afinal tínhamos 6 horas para conhecer Bogotá. Inclusive, por sorte não havia nada no entorno do aeroporto. Sorte não decidirmos desbravar Bogotá. A cerveja do segundo bar não era boa. Não sei se era implicância com  a arte da latinha ou se a temperatura ajudou. Ela era aguada e quente. 

Vamos ao embarque: descobrimos que aquele voo não vai para Madri e sim Cáli. Cáli??? Why??? A resposta era "este voo sempre passou por Cáli, só que nunca se pensou em informar isso no bilhete de embarque. Era exatamente o mesmo voo que Pablo Escobar derrubou, pra quem assistiu Narcos. Assustador, ainda bem que só soube disso quando estava em Barcelona.

:: Bogotá - Cali
Então, reclama-se e vai se para Cáli. Voo de 35min, acreditem. Chegando lá, um susto. Seria a rodoviária de Tabai? Tabai não porque não tem rodoviária, mas a de Macaé com certeza seria mais fresquinha. Sério, tanto Bogotá quanto Cáli eram de um calor... Mesmo que o clima tempo acusasse 9 graus para Bogotá, lá batia pelo menos 25. 

Não parávamos de rir, a cerveja quente deu um efeito diferente. Sentamos no chão, pois a aeromoça pediu que todos saíssem da fila pois o voo atrasaria, mesmo após já ter chamado para o embarque. E atrasou mesmo de verdade. Jogadas no chão, Pati já estava perdendo a sua fofice, quando nos chamaram! Hora de entrar no avião, "cabe todo mundo aí?". Coube. 

:: Cali - Madri
Vamos a Madri. (Além de Bogotá, o bendito passava por Madri antes de chegar em Barcelona). Chegando em Madri, sabe tarefa de gincana? Nosso desafio era: pegar as malas no despacho, passar na imigração e pegar o voo para Barcelona em 30min. Surreal. 


E como se fosse época de escola saímos correndo pelo aeroporto, correndo muito. Pegamos metrô dentro do aeroporto, vários elevadores, muitas escadas rolantes e chagamos até o local das bagagens. Cede? Nada. Não há tempo, vamos fazer o que indicou a única pessoa sensata da empresa aérea, escolher entre as malas ou embarcar para Barcelona. Oi? Foi isso. Desistimos das malas (segundo a moça sensata, era só fazermos a reclamação e elas chegariam em Barcelona no mesmo dia. Juro que não acreditei). Mas fui, pois era isso ou perder o voo. Foi então que a gincana pegou preço. Corremos muito. Muito mesmo! Era um tal de "vamos conquistar aquela posição", e ultrapassávamos as pessoas como corrida de kart . Era rir para não chorar. O mais engraçado foi quando encontramos um grupo de umas dez pessoas, muito mais desesperadas que nós. Nos juntamos ao grande grupos e pareceu um arrastão. Nem eles acreditavam que tinham duas infiltradas.
Bom, toda corrida valeu para pagar o avião no solo, mas não pudemos embarcar. Claro que a aventura não acabaria ali. O moço disse que as nossas malas estavam em outro o vôo e deveríamos seguir com as benditas. Recuperamos o ar e fomos buscar informações da hora da partida conforme recomendado. 
Sentamos e bebemos umas cervejas... 
Tudo já parecia ter voltado ao normal. Embarcamos e seguimos rumo a Barcelona. 

:: Madri - Barcelona
Tudo parecia sob controle, pura aparência, pois quando chegamos, nada das malas aparecerem...
Fiquei tão frustrada que parei de escrever este texto no vôo de Madri e resolvi voltar a escrever só em Dublin. Brincadeira... (verdade)
As malas apareceram dois dias depois, no dia do Natal e o moço estava vestido de vermelho. :)

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